A invenção mais sustentável da história se chama "Cidade"

Cerca de 70% da humanidade viverá nas cidades até 2050 – e isso é ótimo para o meio ambiente.

As grandes cidades que surgiram depois da Revolução Industrial foram os locais onde os problemas ambientais mais se tornaram visíveis. A poluição das fábricas, o esgoto nos rios, o acúmulo de lixo nas ruas fortaleceram a ideia de que a urbanização não combina com o meio ambiente. Ainda hoje, muitos ambientalistas veem o aumento da urbanização como algo ruim.

Os problemas urbanos acabaram escondendo as enormes vantagens ambientais das cidades. A condensação dos espaços é uma delas. Por exemplo, o uso de eletricidade por pessoa nas cidades é menor do que nos subúrbios e áreas rurais. O espaço condensado que cria redução no uso de energia também permite que mais do ambiente natural seja preservado.

As cidades ocupam cerca de 3% da superfície da Terra e ainda abrigam mais de 4 bi. de pessoas. Se tivéssemos que espalhar todas essas pessoas em sítios, ocuparíamos muito mais florestas e nascentes. O impacto humano sobre a natureza aumentaria imensamente.

Outra vantagem, mais pessoas andam a pé ou usam o transporte público nas cidades. Assim, as emissões de carbono por pessoa são menores e menos dióxido de carbono é liberado na atmosfera.

As emissões per capita de gases de efeito estufa para um londrino era equivalente a 6,2 toneladas de CO2 em 2004, menor que a média nacional, de 11,19. Nos EUA, os nova-iorquinos registram pegadas de 7,1 toneladas cada, menos que um terço da média americana, de 23,92 toneladas.

O progresso econômico, a preservação da natureza e a urbanização são inseparáveis. As cidades simbolizam a dissociação da humanidade da natureza, apresentando um desempenho muito melhor do que as economias rurais ao suprir eficientemente as necessidades materiais e reduzir os impactos ambientais.

É...mas tem os seus trade-offs. Se ganha em sustentabilidade mas se perde em qualidade de vida por conta dos problemas urbanos.

Não necessariamente.

Você está usando o exemplo de cidades disfuncionais e mal planejadas.

É perfeitamente plausível o desenvolvimento de cidades sustentáveis, aptas a oferecer qualidade de vida às pessoas, desde que haja um planejamento urbano eficaz.

Existem diversas cidades modelo que oferecem isso: https://fundacaoverde.org.br/pages/cidadesustentavel/2018/09/17/essas-sao-as-10-cidades-mais-sustentaveis-do-mundo/

OK mas o texto do tópico se refere às cidades em geral. Quantos % da superfície da Terra é ocupado por essas cidades modelo?

Não sei afirmar com dados, mas imagino que uma minoria.

Por outro lado, posso afirmar que menos da metade da população vive em cidades com cenário similar ao postado em suas imagens. Os grandes centros urbanos, apesar de possuírem populações altamente expressivas, contrapõem com cidades de pequeno e médio porte, porém, espalhadas em números por localidades dispersas.

https://www.ufjf.br/ladem/2010/04/13/metade-da-populacao-urbana-mundial-vive-em-cidades-pequenas-ou-medias/

Cidades facilitam a distribuição de água, gás, telefone/Internet e energia. E a coleta e o tratamento dos esgotos.

Já pensou fazer isto se a humanidade estivesse espalhada pelos campos? Aliás, que campos ?!!

As pessoas têm que andar menos para chegar a seu trabalho, escola, hospital, lojas e supermercados ou lazer.
E serão atendidas mais rápido no caso de uma emergência.

Isto é válido até mesmo para as cidades disfuncionais. Pergunte se os favelados querem se mudar para o meio do mato ...

No caso de Manaus, a Zona Franca teria um efeito muito positivo contra o desmatamento.

De acordo com um estudo recente da FGV, esse polo industrial tem cerca de 600 empresas de alta tecnologia e gera 85 mil empregos diretos e 500 mil indiretos. Essa geração de empregos ajuda a afastar as pessoas de atividades
ligadas ao desmatamento.