Social bookmarking
Últimos assuntos
Tópicos mais ativos
Ética Argumentativa Refutada?
+2
Pedro Reis
Ulisses
6 participantes
Página 1 de 1
Ética Argumentativa Refutada?
O que vem a ser "ética argumentativa"? Nas palavras do libertário Fhoer, no Youtube, defende: "suas tentativas de afirmar que uma proposição é falsa, verdadeira ou indeterminada ou se um argumento é válido ou não, só ocorrem justificadas no curso da argumentação;
essa proposição não pode ser tomada como falsa sem cair em contradição. Sua tentativa pois de refuta-la se daria justamente através de uma argumentação.
Porque para justificar uma proposição é necessária a argumentação. Disto, concluimos: toda e qualquer tentativa de justificar uma ética é necessariamente através de uma argumentação, na argumentação está implícito a condição a priori do reconhecimento de autopropriedade. Caso uma pessoa argumente contra o direito de autopropriedade, ela cai numa contradição performativa, visto que o ato de argumentar ela já reconheceu este direito. Portanto, a única ética que pode ser justificada é a argumentativa, a ética da propriedade privada, também conhecida como ética libertária. (...)"¹
Fluxograma hoppeano:
O significado da expressão "contradição performativa ou performática": "Suponha que eu diga 'eu não existo', para que eu possa afirmar algo preciso necessariamente existir, logo ao dizer algo pressuponho que eu existo, minha fala entra em contradição performativa por contradizer esta pressuposição. Contradição performativa é isso."²
Objeção 1) O fato de não conseguirmos argumentar contra autopropriedade sem que já me provenha desta, implica então numa "contradição performativa"? Segundo Libertários, fatos são coisas descritivas enquanto normas são prescritivas. Mas usar um fato pra concluir qualquer ética não seria, em última instância, cair na guilhotina de Hume?
O significado da expressão "guilhotina de Hume": "regra lógica que condena retirar normatividades de fatos ou atos"³
Referências:
¹ https://www.youtube.com/watch?v=PpDBAGqQwoA&t=360s
² https://medium.com/@sir.relsen/%C3%A9tica-argumentativa-hoppeana-f5487d34fc91
³ HUME, David. A Treatise of Human Nature, Book III, Part I, Section 1
essa proposição não pode ser tomada como falsa sem cair em contradição. Sua tentativa pois de refuta-la se daria justamente através de uma argumentação.
Porque para justificar uma proposição é necessária a argumentação. Disto, concluimos: toda e qualquer tentativa de justificar uma ética é necessariamente através de uma argumentação, na argumentação está implícito a condição a priori do reconhecimento de autopropriedade. Caso uma pessoa argumente contra o direito de autopropriedade, ela cai numa contradição performativa, visto que o ato de argumentar ela já reconheceu este direito. Portanto, a única ética que pode ser justificada é a argumentativa, a ética da propriedade privada, também conhecida como ética libertária. (...)"¹
Fluxograma hoppeano:
O significado da expressão "contradição performativa ou performática": "Suponha que eu diga 'eu não existo', para que eu possa afirmar algo preciso necessariamente existir, logo ao dizer algo pressuponho que eu existo, minha fala entra em contradição performativa por contradizer esta pressuposição. Contradição performativa é isso."²
Objeção 1) O fato de não conseguirmos argumentar contra autopropriedade sem que já me provenha desta, implica então numa "contradição performativa"? Segundo Libertários, fatos são coisas descritivas enquanto normas são prescritivas. Mas usar um fato pra concluir qualquer ética não seria, em última instância, cair na guilhotina de Hume?
O significado da expressão "guilhotina de Hume": "regra lógica que condena retirar normatividades de fatos ou atos"³
Referências:
¹ https://www.youtube.com/watch?v=PpDBAGqQwoA&t=360s
² https://medium.com/@sir.relsen/%C3%A9tica-argumentativa-hoppeana-f5487d34fc91
³ HUME, David. A Treatise of Human Nature, Book III, Part I, Section 1
Última edição por Ulisses em Ter 04 Fev 2020, 23:37, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Desvios ortográficos)
Ulisses- Mensagens : 2
Data de inscrição : 24/01/2020
Localização : "Acreditar no que se deseja é mais fácil no que do que a evidência dos fatos" (Demóstenes. Discurso II das Olínticas, §10)
Re: Ética Argumentativa Refutada?
Eu não devo ter entendido bulhufas.
A mim pareceu ilógico, pseudo-lógica, sofisma. Mas será que alguém desenharia um diagrama tão bonitinho, tão organizado, e não perceberia que o fluxograma dá saltos na lógica para realizar uma inferência sem nenhuma base?
"Toda afirmação só pode ser demonstrada como verdadeira ou falsa através de argumentação."
Sim?
Não! Não e não.
Contra-exemplo:
- Afirmação: Elefantes não podem voar.
Eu não argumento mas mostro um elefante voando.
Deveras, este princípio é um dos pilares da Ciência. O de que fatos são superiores a ideias: pouco importa se alguém tem os melhores argumentos para demonstrar que elefantes não voam diante do fato de um único elefante
voando.
Em que pese o esquema falhar já no seu ponto de partida, mesmo se relevarmos este pequeno "detalhe", o que se quer inferir dessa proposição inicial é que a propriedade privada é o único princípio ético correto. E deve subentender-se daí que qualquer outro princípio ético que entre em confronto com o direito pleno e radical de propriedade é portanto incorreto por entrar em choque com um princípio ético que o autor supõe ter demonstrado superior a qualquer outro.
Mas essa inferência só se deu por meio de grandes saltos na lógica. O diagrama na figura se vale destes saltos para ir de um estado a outro, de uma afirmação para a seguinte.
Mas vamos supor que fosse verdade. Que uma proposição só possa ser corroborada ou refutada pela argumentação.
Para argumentar perfeitamente seria necessário completa autonomia, portanto liberdade total para raciocinar e expressar ideias. Ok, mas veja o GRANDE SALTO que este sofisma dá: a completa e total liberdade de pensamento e expressão NÃO implica necessariamente na total liberdade PARA TUDO. E nem a completa e total liberdade de pensamento e expressão necessita de liberdade maior do que essa própria. Ou seja, a completa liberdade apenas para o pensamento e de expressão.
Por exemplo: eu não preciso ter a liberdade de assassinar você para ter total liberdade de raciocínio e expressão.
E eu também não preciso ter a liberdade de não pagar impostos (que talvez seja onde se quer realmente chegar) para ter liberdade de expressão. Pagar impostos não limita nem reduz em nada minha capacidade argumentativa, eu posso ser um bom pagador de impostos, financiando os serviços públicos dos quais me beneficio, e ainda assim ter completa clareza de raciocínio e plena liberdade para expressar minhas ideias.
E esse fato inconteste é um contra-exemplo que, sem necessidade alguma do argumento que o apresenta, prova falsa a afirmação libertária em questão.
Trocando em miúdos, o que esse cara está tentando te induzir a acreditar é que se não houver liberdade total ( como por exemplo a liberdade para se dirigir bêbado ou de vender os próprios filhos ), o cidadão estará tolhido em sua capacidade argumentativa. E como só o argumento pode demonstrar o que é falso ou verdadeiro ( e isso é falso! ), se você não puder sair por aí dirigindo embriagado e atropelando pessoas, ninguém mais poderá também saber a diferença entre verdade e mentira e portanto nenhuma ética se sustentaria se ela própria tem como consequência a absoluta incerteza sobre tudo.
O nome disto é sofisma. Um longo embromation cheio de furos sutis que tenta levar o incauto a ver lógica em alguma conclusão absurda. Daquelas que se demonstra absurda com um único contra exemplo.
A mim pareceu ilógico, pseudo-lógica, sofisma. Mas será que alguém desenharia um diagrama tão bonitinho, tão organizado, e não perceberia que o fluxograma dá saltos na lógica para realizar uma inferência sem nenhuma base?
"Toda afirmação só pode ser demonstrada como verdadeira ou falsa através de argumentação."
Sim?
Não! Não e não.
Contra-exemplo:
- Afirmação: Elefantes não podem voar.
Eu não argumento mas mostro um elefante voando.
Deveras, este princípio é um dos pilares da Ciência. O de que fatos são superiores a ideias: pouco importa se alguém tem os melhores argumentos para demonstrar que elefantes não voam diante do fato de um único elefante
voando.
Em que pese o esquema falhar já no seu ponto de partida, mesmo se relevarmos este pequeno "detalhe", o que se quer inferir dessa proposição inicial é que a propriedade privada é o único princípio ético correto. E deve subentender-se daí que qualquer outro princípio ético que entre em confronto com o direito pleno e radical de propriedade é portanto incorreto por entrar em choque com um princípio ético que o autor supõe ter demonstrado superior a qualquer outro.
Mas essa inferência só se deu por meio de grandes saltos na lógica. O diagrama na figura se vale destes saltos para ir de um estado a outro, de uma afirmação para a seguinte.
Mas vamos supor que fosse verdade. Que uma proposição só possa ser corroborada ou refutada pela argumentação.
Para argumentar perfeitamente seria necessário completa autonomia, portanto liberdade total para raciocinar e expressar ideias. Ok, mas veja o GRANDE SALTO que este sofisma dá: a completa e total liberdade de pensamento e expressão NÃO implica necessariamente na total liberdade PARA TUDO. E nem a completa e total liberdade de pensamento e expressão necessita de liberdade maior do que essa própria. Ou seja, a completa liberdade apenas para o pensamento e de expressão.
Por exemplo: eu não preciso ter a liberdade de assassinar você para ter total liberdade de raciocínio e expressão.
E eu também não preciso ter a liberdade de não pagar impostos (que talvez seja onde se quer realmente chegar) para ter liberdade de expressão. Pagar impostos não limita nem reduz em nada minha capacidade argumentativa, eu posso ser um bom pagador de impostos, financiando os serviços públicos dos quais me beneficio, e ainda assim ter completa clareza de raciocínio e plena liberdade para expressar minhas ideias.
E esse fato inconteste é um contra-exemplo que, sem necessidade alguma do argumento que o apresenta, prova falsa a afirmação libertária em questão.
Trocando em miúdos, o que esse cara está tentando te induzir a acreditar é que se não houver liberdade total ( como por exemplo a liberdade para se dirigir bêbado ou de vender os próprios filhos ), o cidadão estará tolhido em sua capacidade argumentativa. E como só o argumento pode demonstrar o que é falso ou verdadeiro ( e isso é falso! ), se você não puder sair por aí dirigindo embriagado e atropelando pessoas, ninguém mais poderá também saber a diferença entre verdade e mentira e portanto nenhuma ética se sustentaria se ela própria tem como consequência a absoluta incerteza sobre tudo.
O nome disto é sofisma. Um longo embromation cheio de furos sutis que tenta levar o incauto a ver lógica em alguma conclusão absurda. Daquelas que se demonstra absurda com um único contra exemplo.
Pedro Reis- Mensagens : 51
Data de inscrição : 25/01/2020
Re: Ética Argumentativa Refutada?
"Acreditar no que se deseja é mais fácil do que na evidência dos fatos".
Quem disse isso, Ulisses?
O que é superior: o fato ou o argumento?
Quem disse isso, Ulisses?
O que é superior: o fato ou o argumento?
Pedro Reis- Mensagens : 51
Data de inscrição : 25/01/2020
Re: Ética Argumentativa Refutada?
Certes... certes... é a tecla que sempre bato: Razão & Lógica – ultimamente falávamos nisso lá no RéV se bem m/lembro – essencialmente não servem pra descortinar a realidade. Servem, claro, pra organizar o conhecimento que dela temos via inputs + feedbacks que o real se nos impõe.Sr. Pedro Reis escreveu:Eu não argumento mas mostro um elefante voando.
Obviamente argumentações prescritivas acerca de moral/ética não se encaixam nesse esquema empirista. São "reflexões raciocinadas" (so to say) que expressam o ambiente + arcabouço cultural + preferências pessoais dos argumentadores. + mesmo assim se poderá gerar feedback empírico em apoio ou desapoio observando que tipo de sociedade emana de tais ou quais preceitos éticos ou "moral" vigente. Pero, al fin y al cabo, all boils down to PREFERÊNCIA PESSOAL dos argumentadores acerca de em que ambiente social GOSTARIAM de viver. Então, cá neste âmbito argumentativo não há VERDADES mas VISÕES pessoais de foro íntimo.
A frase não é minha – claro – + ACREDITO que esteja claro: os fatos. + pros humanos muitas vezes é + fácil acreditar no que se deseja. No espiritismo tem muito disso, como acreditar em doutrinas "consoladoras";"Acreditar no que se deseja é mais fácil do que na evidência dos fatos".
Quem disse isso, Ulisses?
O que é superior: o fato ou o argumento?
que nosso ente querido não se extinguiu + atualmente reside numa colônia chumbada numa esfera acima da crosta terrícola;
&c...
Gorducho- Mensagens : 24
Data de inscrição : 01/02/2020
Re: Ética Argumentativa Refutada?
Em outras palavras: a razão e a lógica têm que se basear nos fatos conhecidos, tanto para explicá-los como, a partir daí, orientar a busca por novos fatos cuja existência elas sugerem.Gorducho escreveu:
Certes... certes... é a tecla que sempre bato: Razão & Lógica – ultimamente falávamos nisso lá no RéV se bem m/lembro – essencialmente não servem pra descortinar a realidade. Servem, claro, pra organizar o conhecimento que dela temos via inputs + feedbacks que o real se nos impõe.
Só que, enquanto os fatos presumidos não forem encontrados, por mais racionais e lógicos que sejam os argumentos usados, estes não serão conclusivos.
Fernando Silva- Conselheiro
- Mensagens : 231
Data de inscrição : 24/01/2020
Re: Ética Argumentativa Refutada?
Non sequitur.
Cinzu- Conselheiro
- Mensagens : 270
Data de inscrição : 24/01/2020
Re: Ética Argumentativa Refutada?
O diagrama está repleto de erros, falácias, afirmação que não necessariamente decorrem do passo anterior, e falta de alternativas. Vou citar algumas:
Logo,
Falso. Apesar das duas premissas anteriores serem verdadeiras, a conclusão não decorre das premissas.
O fato de ser impossível alguém usar nosso corpo contra nossa vontade, não necessariamente implica em ser impossível usar todo e qualquer objeto contra nossa vontade.
Continuando...
Cai exatamente no mesmo caso anterior. O fato do corpo ser um objeto físico usado pela pessoa não necessariamente implica que todo objeto físico possa ser usado pela pessoa.
Primeiro porque a conclusão "o corpo é um objeto físico usado por alguém" partiu da premissa de que é fisicamente impossível outra pessoa usar o corpo de alguém. Mas sabemos que não é impossível uma pessoa usar o objeto de alguém.
Ainda:
Direito de controle sobre um determinado objeto físico, não implica direito de controle sobre todo e qualquer objeto físico.
Segundo a própria conclusão da ética libertária, o libertarianismo é injustificável, pois nega a propriedade privada a qual pertence ao estado atualmente.
Porém, o libertarianismo justifica (mesmo sendo injustificável!!) que o estado não tem direito a esta propriedade, pois foi obtida de forma ilegítima e anti-ética. Ou seja, o próprio libertarianismo reconhece a afirmação de que "direito de controle sobre um determinado objeto físico, não implica direito de controle sobre todo e qualquer objeto físico".
No fim das contas, o libertarianismo refuta ele mesmo.
Você tem direito de controle exclusivo sobre o próprio corpo. Ninguém pode usar seu corpo contra a sua vontade
Logo,
O primeiro usuário de um objeto físico tem o direito de controle sobre ele
Falso. Apesar das duas premissas anteriores serem verdadeiras, a conclusão não decorre das premissas.
O fato de ser impossível alguém usar nosso corpo contra nossa vontade, não necessariamente implica em ser impossível usar todo e qualquer objeto contra nossa vontade.
Continuando...
Então seria válido utilizar um objeto físico que já está sendo utilizado por alguém contra a vontade desta pessoa
Seu corpo é um objeto físico e você o usa
Cai exatamente no mesmo caso anterior. O fato do corpo ser um objeto físico usado pela pessoa não necessariamente implica que todo objeto físico possa ser usado pela pessoa.
Primeiro porque a conclusão "o corpo é um objeto físico usado por alguém" partiu da premissa de que é fisicamente impossível outra pessoa usar o corpo de alguém. Mas sabemos que não é impossível uma pessoa usar o objeto de alguém.
Ainda:
Direito de controle exclusivo por parte de um indivíduo sobre um determinado objeto físico
Este é o único princípio ético correto. Qualquer ética que negue a propriedade privada é injustificável
Direito de controle sobre um determinado objeto físico, não implica direito de controle sobre todo e qualquer objeto físico.
Segundo a própria conclusão da ética libertária, o libertarianismo é injustificável, pois nega a propriedade privada a qual pertence ao estado atualmente.
Porém, o libertarianismo justifica (mesmo sendo injustificável!!) que o estado não tem direito a esta propriedade, pois foi obtida de forma ilegítima e anti-ética. Ou seja, o próprio libertarianismo reconhece a afirmação de que "direito de controle sobre um determinado objeto físico, não implica direito de controle sobre todo e qualquer objeto físico".
No fim das contas, o libertarianismo refuta ele mesmo.
Cinzu- Conselheiro
- Mensagens : 270
Data de inscrição : 24/01/2020
Re: Ética Argumentativa Refutada?
OBS: não me atentei à explicação da Guilhotina de Hume, que o Ulisses expôs (foi incluída depois?). De toda forma, seria mais uma refutação à ética Hoppeana. Além da Guilhotina de Hume, ela cai em um non sequitor, conforme mostrei.
Hobbes comete um erro crasso ao construir toda uma lógica em cima de proposições falsas. Ele confunde completamente autopropriedade com propriedade.
Hobbes comete um erro crasso ao construir toda uma lógica em cima de proposições falsas. Ele confunde completamente autopropriedade com propriedade.
Auto propriedade e propriedade se diferem porque uma é inerente ao ser humano e outra é conquistada a partir de convenções sociais. A agressão a auto propriedade dos indivíduos é uma agressão objetiva pois atenta contra algo que já existe objetivamente independente se as pessoas concordem ou não. Mas a propriedade de coisas externas a si não é assim, algo só é seu se houver um acordo social que além de te permitir fazer isso (se apropriar de coisas), vai coagir terceiros que tentarem se apropriar dela a não fazer isso. Como algo pode ser uma agressão, se é algo abstrato que só vale dentro de relações humanas? Não é necessário reconhecimento social para eu controlar minhas ações e ser dono do meu corpo, mas para um pedaço de terra isso é necessário.
Cinzu- Conselheiro
- Mensagens : 270
Data de inscrição : 24/01/2020
Re: Ética Argumentativa Refutada?
Sinceramente, contestações extensas demais a uma argumentação tão ginasiana, como essa da "ética argumentativa", significa honrar o adversário. A questão é a seguinte: “Você concorda em negar a liberdade de expressão a todos os partidos políticos que têm em seu estatuto a proibição da liberdade de expressão?”. O fato de eu concordar com meu direito de liberdade de expressão não significa que eu concordo com meu direito ILIMITADO à liberdade de expressão. Ninguém tem direito a fazer propaganda nazista sem sofrer sanção penal, por exemplo. Como já argumentou Karl Popper na apresentação do paradoxo da tolerância: no ambiente social, a tolerância ilimitada leva, paradoxalmente, ao desaparecimento da tolerância.
Huxley- Mensagens : 98
Data de inscrição : 01/02/2020
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui 28 Set 2023, 16:00 por Danilo Sampaio
» Aniversário dos fóruns que deram continuidade ao fCC
Dom 29 Jan 2023, 14:56 por Gabarito
» Governo Bolsonaro
Sáb 18 Jul 2020, 14:15 por Niemand
» Problemas de login no novíssimo fórum de NadaSei
Qui 16 Jul 2020, 13:58 por Gabarito
» XADREZ --Novidades e acontecimentos da nobre arte -- XADREZ
Seg 27 Abr 2020, 14:41 por HFC
» O Panteísmo é uma forma de ateísmo?
Seg 27 Abr 2020, 14:32 por HFC
» Exclusão do tópico "Comprar passaportes..."
Seg 16 Mar 2020, 21:40 por Gabarito
» Recomendação de Leituras
Dom 08 Mar 2020, 21:07 por Gigaview
» Imagens da Política e da Sociedade
Dom 08 Mar 2020, 20:55 por Gigaview